História

O que são as Semanas Sociais Brasileiras?

As Semanas Sociais Brasileiras são mobilizadas pela Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cepast-CNBB). São processos construídos de forma coletiva com as Pastorais Sociais, Igrejas Cristãs, no diálogo inter-religioso, Movimentos Populares, Associações, Sindicatos e Entidades de Ensino, na pluralidade cultural e étnica do Brasil.

As SSB’s articulam e mobilizam processos pastorais e populares para o debate de questões sociopolíticas, socioeconômicas e socioambientais do país, para uma ação Sociotransformadora de justiça social e paz.

A 6ª edição da SSB aprofunda o tema “Mutirão pela Vida: por Terra, Teto e Trabalho", em conexação com os eixos: Democracia, Economia e Soberania.

Vale lembrar que a 6ª edição da SSB iniciada em 2020, e com processo para ser concluída para 2022, teve sua dinâmica alterada por conta da pandemia da Covid-19 que afetou o mundo inteiro. Com isso, o percurso da realização da edição será encerrado em março de 2024, com a proposta do Projeto Popular “O Brasil que queremos: o Bem Viver dos Povos”, a partir dos acúmulos das seis edições das SSB's, desde 1991.

Memória histórica das Semanas Sociais

6ª Semana Social Brasileira | 2020-2024

Mutirão pela Vida: Por Terra, Teto e Trabalho

A 6ª Semana Social Brasileira (6ªSSB) que, inicialmente planejou as ações presenciais entre 2020 e 2022, ampliou, em 2021, os processos dos Mutirões pela Vida até 2024. A crise gerada pela pandemia de covid-19, causada pelo novo coronavírus e outros aspectos sociopolíticos, implicou nos processos de metodologia e dinâmica de formações propostas pela 6ªSSB nos temas: Terra, Teto e Trabalho; assim como nos eixos estruturais: Economia, Democracia e Soberania.
O objetivo imediato da 6ª SSB é sensibilizar a sociedade, mobilizar e articular forças sociais, fortalecer e multiplicar as lutas por direitos para desencadear novos processos de organização popular em torno do desafio/apelo/exigência maior de nosso tempo: “nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que provém do trabalho”, papa Francisco.

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5ª Semana Social Brasileira - 2011-2013

Um novo Estado: Caminho para a Sociedade do Bem Viver

A 5ª Semana Social Brasileira apoiou a campanha de assinaturas, promovida pela Coalisão Democrática por uma reforma política e eleições limpas. 96 entidades se envolveram no processo, realizando aproximadamente 250 mutirões e possibilitando a articulação das pastorais sociais.
Apoiou ainda a convocação do referendo popular para a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte e a campanha para a demarcação dos territórios dos povos indígenas, quilombolas e pescadores artesanais. Por fim, solicitou ao papa Francisco a convocação de evento internacional sobre a vida do planeta e no planeta. Debateu o Sumak Kawsay, o Bem Viver dos povos indígenas da região Andina, os Quétchua e os Aymará, com a ideia central de uma vida em: harmonia consigo mesmo, com as outras pessoas do mesmo grupo, com os diferentes grupos, com a Pachamama, a Mãe Terra e seus filhos e filhas, as outras espécies e com as realidades espirituais.

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4ª Semana Social Brasileira | 2003-2005

Mutirão por um novo Brasil: Articulação das Forças Sociais para a Construção do Brasil que Queremos

A 4ª Semana Social Brasileira criou o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMCJS). A iniciativa promove o debate permanente com a sociedade sobre as questões socioambientais e demanda políticas públicas para a sustentabilidade ambiental e prevenção de desastres. A 4ª SSB promoveu, por exemplo, o referendo popular sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce.

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3ª Semana Social Brasileira | 1997-1999

Resgate das Dívidas Sociais: Justiça e Solidariedade na Construção de uma Sociedade Democrática

Da 3ª Semana Social Brasileira nasceu a Rede Jubileu Sul. A iniciativa fortaleceu a vida democrática participativa do país, com a organização popular no monitoramento da dívida externa. Nesse processo aconteceu o plebiscito popular contra a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Ação que coletou dez milhões de assinaturas contrárias a este acordo. Nasceu também a Assembleia Popular, para criar mecanismos de discussões sobre questões sociais e articular as forças em defesa dos direitos civis e sociais.

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2ª Semana Social Brasileira | 1993-1994

Brasil: Alternativas e Protagonistas


A 2ª Semana Social Brasileira possibilitou a Articulação do Semiárido (ASA), com o envolvimento de mais de 400 entidades que atuam no Semiárido brasileiro. Desde então, a ASA atua na incidência para gerar políticas públicas de convivência o bioma estigmatizado pela seca. Destaca-se como resultado desse processo, a campanha pela construção de um milhão de cisternas para o armazenamento da água da chuva, em um processo pedagógico de educação popular, por todo semiárido. Da 2ª SSB, nasceu também o Grito dos Excluídos que, desde então, mobiliza ações populares durante a Semana da Pátria, em setembro.

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1ª Semana Social Brasileira | 1991

Mundo do trabalho: Desafios e perspectivas


A 1ª Semana Social Brasileira (1991), em sintonia com a Campanha da Fraternidade, que teve como tema: Fraternidade e o mundo do Trabalho, debateram os impactos das inovações tecnológicas à época e suas relações com o mundo do trabalho. Neste sentido, cresceram os processos de monitoramento das violações dos direitos civis e sociais para combater a escravidão e a precarização do trabalho. Em decorrência disso, como alternativa ao modelo de desenvolvimento, surgiram grupos de economia solidária apoiados pelos Sindicatos, e incentivados pela Cáritas Brasileira e Pastorais Sociais.



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