"O lançamento das vacinas está gerando esperança, mas neste momento crucial a equidade desses medicamentos é o maior teste moral perante a comunidade global"
O comentáro é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 18-02-2021. A tradução é de Luisa Rabolini para o IHU
Desculpe a insistência! Mas ontem também a voz de autoridade do Secretário-Geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, informou que da totalidade das vacinas disponíveis, 75% são utilizadas por apenas 10 nações. 130 nações até agora não receberam uma única gota da vacina.
“O lançamento das vacinas - disse Guterres - está gerando esperança, mas neste momento crucial a equidade desses medicamentos é o maior teste moral perante a comunidade global. Devemos garantir que todos, em todos os lugares, possam ser vacinados o mais rápido possível”. E não se trata de um fato puramente ético. Também há uma motivação científica. Se a prática da vacina não for disseminada globalmente, as variantes aumentarão e ameaçarão gravemente a imunidade adquirida com a vacinação ou a tornarão ineficaz. Não é por acaso que até o momento já foram registradas oito mutações e que, além daquela inglesa, levam o nome de brasileira, sul-africana, nigeriana … Enfim, que ninguém pode se salvar sozinho não é uma exortação piedosa, mas uma dura lição que esse inimigo invisível tragicamente nos está transmitindo.
"Se a prática da vacina não for disseminada globalmente, as variantes aumentarão e ameaçarão gravemente a imunidade adquirida com a vacinação ou a tornarão ineficaz"