Videoconferência que ocorre neste sábado, 25 de setembro, (16h30 às 18h00 – hora de Brasília) pretende visibilizar a odisseia dos indígenas que migram forçadamente e seus processos de organização na inserção em um novo território

Por Jaime C. Patias * | Consolata América

A Videoconferência, neste sábado, 25 de setembro, inclui análise de conjuntura, depoimentos de migrantes indígenas, entrevistas, vídeos, fotos e testemunhos. A iniciativa é coordenada pelos Missionários da Consolata sob a responsabilidade dos padres Isaack Mdindile e Josiah K’Okal e será transmitida em português e espanhol ao vivo pelo canal YouTube oficial da Campanha “Eu não, Nós”.

Participam do evento, migrantes e lideranças Indígenas, à exemplo de José Lisardo Moraleda, Anibal Pérez, Fiorela Ramos, Nilda Moraleda, Leanny Torres, Deirys Ramos, Eulogio Baéz, Fidel Torres, Ainda Gómez, Biasy, Milly Yusneidy Rodriguez Rivero.

Participam ainda, o Coordenador do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) Regional Norte, Luis Ventura; e os padres da Consolata, Isaack Mdindile e Josiah K’Okal, da Equipe Itinerante que trabalha na acolhida aos migrantes indígenas em Boa Vista Roraima.

Com vários anos de convivência com os indígenas Warao na Venezuela e em Roraima, Padre Josiah K’Okal destaca a importância de “aproveitar a celebração do 107° Dia Mundial do Migrante e do Refugiado para dar visibilidade também, à vida dos migrantes indígenas mostrando suas lutas para preservar a identidade e promover sua cultura em outro território”.

O POVO WARAO VIVE UMA ODISSEIA

É a segunda maior população indígena da Venezuela que habita às margens do rio Orinoco no Estado Delta Amacuro onde trabalham os Missionários da Consolata em Tucupita e Nabasanuka. (Ver Documentário Odisseia Warao, de Paolo Moiola e Marco Bello). A região vem sofrendo os impactos de projetos desenvolvimentistas de exploração de recursos naturais que somados à crise econômica e política do país provocou o êxodo dos indígenas para países vizinhos.  Nos últimos anos, esse movimento tem aumentado e no Brasil, os Warao já se encontram em 17 estados. E não estão sozinhos: os indígenas Pemon, Eñepa e Kariña, também estão migrando juntamente com milhares de venezuelanos. A odisseia Warao e dos migrantes continua.

CAMPANHA “EU NÃO, NÓS”

Inaugurada no dia 16 de setembro, a Campanha “Eu não, Nós se estende até domingo, 26, Dia Mundial do Migrante e do Refugiado e está promovendo uma série de atividades que incluem reflexões, conferências, entretenimento, debates, formação e informação sobre o fenômeno das migrações e do refúgio. É uma iniciativa das Irmãs Missionárias Scalabrinianas e conta com a colaboração de uma Equipe formada por representantes de congregações religiosas, organizações, Igrejas, jornalistas, artistas e juventudes. O tema é inspirado na Mensagem do Papa Francisco “Rumo a um nós cada vez maior”.

Baixe aqui a programação completa da Campanha “Eu não, Nós”

A coordenadora da Campanha “Eu não, Nós”, Irmã Rosinha Martins, Missionária Scalabriniana e da Assessoria de Imprensa, explica que o objetivo “é celebrar a coragem e a esperança dos migrantes e refugiados, suas lutas e resistências; fazer ressoar a voz do Papa Francisco em favor dessa causa; impulsionar a consciência de que não é possível construir um nós, sem abraçar a diversidade por que essa construção passa necessariamente pela acolhida da individualidade na sua diferença. Acolhida ao migrante, à diversidade está interligada ao cuidado com o Planeta, nossa Casa Comum”, destaca a religiosa.

Serviço: Videoconferência sobre Migração e Povos Indígenas

Horário: 16h30 às 18h00

Responsável: Padres Isaack Mdindile e Josiah K’Okal, IMC

Participantes: Migrantes e lideranças Indígenas