SSB
04/03/2021

O primeiro "Ao Vivo 2021", promovido pela 6ª Semana Social Brasileira, ocorre no dia 10 de março, às 19h30 e debate: Terra, Território e Economia

No próximo dia 10 de março, às 19h30, a 6ª Semana Social Brasileira (SSB) promove o primeiro “Ao Vivo 2021”. Vai ser um mutirão de conversa, escuta, articulação, mobilização e formação a partir do tema, “Mutirão pela vida: Terra, Território e Economia”. O debate será transmitido pelo face da @ssbrasileira e o youtube SSBrasileira.

Participam: Sandra Quintela – Rede Jubileu Sul Brasil e Luiz Alencar Dalla Costa – Movimento dos Atingidos por Barragens. A mediação será de Eduardo Brasileiro – Articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara.

“Historicamente muitas populações viviam e vivem, ainda, à beira dos rios, onde tem minério, onde tem floresta. Regiões onde as famílias construíram suas vidas, onde criavam seus filhos, seja com qual atividade econômica fosse. Eram regiões onde havia construções de comunidades, de famílias. Com a alta base natural e possibilidade de produção, desperta o interesse do capital, das grandes empresas. Com a intervenção do capital essas regiões passam a ser de exclusão, de exploração. Isso afeta diretamente a vida das pessoas. Esse é o território dos atingidos, onde o ser humano era o sujeito e tinha sua relação com a natureza. Com chegada da exploração, o sujeito é o capital, as empresas, as obras. O ser humano passa ser visto como um objeto a ser descartado”, afirma Luiz Alencar Dalla Costa - Movimento dos Atingidos por Barragens, natural da cidade catarinense de Itá, na divisa com o Rio Grande do Sul, atingida pela Usina Hidrelétrica de Itá, no Rio Uruguai.

 “É da economia que tiramos nosso sustento material.  Desde a terra, desde o territórios vem nossa comida cotidiana. Vem a preservação das florestas, dos rios, dos mares por parte das populações tradicionais.  Mas, para a economia de mercado, nada disso importa.  É urgente reinventarmos a economia. A atual mata e destrói!  Precisamos de uma economia centrada na vida”,  ressalta Sandra Quintela – economista, educadora popular, integrante da Coordenação América Latina e Caribe da Rede Jubileu Sul.

“Nós somos corpos econômicos, nosso território é um corpo econômico: produz vida, relações e trocas. A lógica da economia de mercado capitalista desterritorializa-nos tirando a possibilidade de pensar força coletiva, a organização econômica a partir do nosso chão. Se soma a isso a predação das nossas terras, entregue a grupos econômicos que dominam, exploram. Estamos em busca da economia que cuida, aprende e partilha a terra. A economia que desenvolve nos territórios alternativas de vida a partir da solidariedade. A economia do bem viver!”,  destaca Eduardo Brasileiro – sociólogo, educador popular e membro da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara