SSB
05/08/2020

Seminário virtual com a participação de integrantes de movimentos eclesiais, pastorais e sociais de 19 dioceses marca o início da mobilização da 6ª SSB do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Lideranças do Regional Leste 2 da CNBB reunidas no Seminário on-line da 6ª SSB

Na terça-feira (28), a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou seminário virtual da 6ª Semana Social Brasileira (SSB). Com a presença de 80 participantes de 19 dioceses, entre eles, representantes de 15 pastorais sociais e 43 movimentos eclesiais e sociais, a atividade marcou o início da mobilização no Regional Leste 2.

O seminário tratou do tema da 6ª SSB, “Mutirão pela Vida: por Terra, Teto e Trabalho”, tendo início com oração de dom Otacílio Lacerda, bispo referencial da Comissão para Ação Social Transformadora do Leste 2. Dom Otacílio rezou a oração “Vem, Espírito Santo Deus”, de sua autoria, e refletiu sobre a palavra do livro de Jeremias (Jr 14,17-22).

Em seguida, Sandra Quintela, da Rede Jubileu Sul, fez um resgate histórico sobre o caminho percorrido nas Semanas Sociais Brasileiras, refletindo sobre o tema desta edição a partir de uma análise de conjuntura, que foi complementada por padre Nelito Dornelas, assessor de formação da Comissão para Ação Social Transformadora da CNBB Regional Leste 2.

O seminário contou com um momento de reflexão dos participantes, finalizando com a participação de frei Dotto, da Comissão para Ação Social Transformadora da CNBB, e de Alessandra Miranda, da secretaria nacional da Semana Social Brasileira, que apontou os próximos passos e as peças de formação e divulgação da 6° SSB.

Para Leci Nascimento, presidente do Conselho Nacional do Laicato do Regional Leste 2, o encontro foi animador e motivador. “Apesar da pandemia, não desanimamos diante das várias pautas de lutas que temos e crescem todo dia em Minas Gerais e no Espírito Santo”, afirma. Ela destacou a alegria ao rever tantas pessoas comprometidas, além de ser um momento de fortalecer a fé através da ação do Espirito Santo: “Senti que a 6ª Semana vem como sinal do amor de Deus para o povo que está tão sofrido”.

Convocar e escutar

Durante o seminário, a presidente do Conselho Nacional do Laicato do Regional Leste 2 destacou duas palavras: convocar e escutar. Leci apontou que é preciso convocar todas as forças vivas nos espaços de convivência, como paróquias e comunidades, para um grande mutirão pela vida e pela construção do bem viver. E ressaltou sobre a importância de escutar todas e todos, pois falar é um direito e escutar contribui para o discernimento, concluindo que é necessário continuar com a teimosia e a esperança de que um outro mundo e possível.

Dom Otacílio finalizou refletindo sobre a importância do seminário no sentido da participação e das propostas do diálogo. “Glorifico a Deus por este momento, por estes passos dados. Creio que estamos firmando nossos rumos para que seja realizada a 6ª Semana Social com vista a darmos um passo na construção do reino de Deus para que todos tenham vida e tenham vida plena”, concluiu. A atividade foi encerrada com a benção final do bispo, que também rezou a oração “Semente da Esperança”, de sua autoria.

6ª SSB

A 6ª Semana Social Brasileira nasce de intensos diálogos da Igreja Católica no Brasil, por meio da CNBB, com os movimentos sociais do campo e da cidade, organizações da sociedade civil, Igrejas cristãs, povos indígenas e comunidades tradicionais. A decisão, por parte da CNBB, foi tomada na 57ª Assembleia Geral, realizada em maio de 2019, em Aparecida (SP), quando foram aprovadas as novas “Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil” (2019-2023).

O tema Mutirão pela Vida: por Terra, Teto e Trabalho remete aos três “T’s”, gestados no 1º Encontro Mundial de Diálogo com os Movimentos Populares, em outubro de 2014, em Roma, convocado pelo Papa Francisco. Na ocasião, ele afirmou em seu discurso: “nenhuma família sem teto; nenhum camponês sem terra; nenhum trabalhador sem direitos”.

Fonte: mg.caritas.org.br