Participantes do Mutirão Nacional de encerramento da 6ª Semana Social Brasileira, reunidos em Brasília–DF, de 20 a 22 de março de 22, publicam nota de apoio à Campanha da Fraternidade 2024

A íntegra da nota

MUTIRÃO NACIONAL DA 6ª SEMANA SOCIAL BRASILEIRA

NOTA DO EM APOIO À CAMPANHA DA FRATERNIDADE 

Estivemos reunidos para o Mutirão Nacional da 6ª Semana Social Brasileira, em Brasília, de 20 a 22 de março de 2024, cristãos leigos e leigas, religiosas e religiosos, padres e bispos, representantes de pastorais sociais, organismos eclesiais, dioceses, regionais da CNBB e de movimentos populares, com a presença de um representante do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, do Vaticano, num total de 158 pessoas.  

Diante dos desafios apresentados da realidade e da importância da Ação Sociotransformadora da Igreja, queremos manifestar nosso apoio à Campanha da Fraternidade como uma das maiores e mais antigas ações de pastoral de conjunto na Igreja, pelos seus 60 anos de grande capilaridade nacional, reconhecida e apoiada por todos os Papas desde o seu início. Reafirmamos a sua contribuição no aprofundamento da vivência quaresmal, especialmente quanto à dimensão da Caridade, e sua destacada abrangência com apoio a projetos de cunho pastoral e social, durante todo o ano, atendendo à população em geral, de modo especial os mais pobres e vulneráveis, a partir da Coleta Solidária do Domingo de Ramos. 

Consideramos graves e absurdos os ataques à Campanha da Fraternidade, feitos por pessoas e grupos que demonstram desrespeito e comunhão eclesial. Manifestamos nossa solidariedade a Dom Paulo Jackson, arcebispo de Olinda e Recife e 2º vice-presidente da CNBB que sofreu ataques difamatórios por causa da Campanha da Fraternidade. Nesse mesmo ato, queremos externar nosso apoio ao Padre Júlio Lancellotti, expressão emblemática da presença da Igreja junto aos pobres e marginalizados, que também tem sido perseguido pelas ações dessa rede de ódio e difamação; e a todos e todas que corajosamente emprestam sua voz a serviço das pessoas que vivem em situação de opressão e violações de direitos fundamentais, bem como na defesa da Casa Comum. 

Conforme diz o Papa, “a melhor maneira de dominar e avançar sem entraves é semear o desânimo e despertar uma desconfiança constante, mesmo disfarçada por detrás da defesa de alguns valores. (...) Neste mesquinho jogo de desqualificações, o debate é manipulado para o manter no estado de controvérsia e contraposição. Nesta luta de interesses que nos coloca a todos contra todos, onde vencer se torna sinônimo de destruir, como se pode levantar a cabeça para reconhecer o vizinho ou ficar ao lado de quem está caído na estrada?” (Fratelli Tutti, nº 15 e 16 – papa Francisco).

Por isso, reafirmamos nosso compromisso com os projetos de defesa da vida e contra toda a estrutura de morte.  Em sintonia com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, motivamos a participação mais intensa na Campanha da Fraternidade 2024 e o engajamento na Coleta Nacional de Solidariedade, prevista para o Domingo de Ramos, dia 24 de março. Continuaremos em comunhão com as organizações pastorais e sociais que realizam ações concretas nos seus territórios em resposta à Boa Nova do Reino de Deus. 

Mergulhados no Mistério Pascal, vivenciamos o caminho da ressurreição e esperança, para que todos e todas tenham vida e vida em abundância (Cf. Jo 10, 10). 

Brasília, 22 de março de 2024.