A pandemia de covid-19 expôs, alimentou e aumentou as desigualdades econômicas, de raça e gênero por toda a parte
6ª Marcha das Margaridas 2019 | Foto Marcelo Camargo/EBC
O ano de 2020 foi doloroso para todo mundo. A pandemia de covid-19 causou muitos estragos na vida de milhões de pessoas – muitos morreram e muitos foram contaminados e sofreram as graves consequências da doença. Em todos os países, os mais pobres sofreram os maiores impactos, perdendo emprego e renda, enquanto os mais ricos conseguiram se recuperar em tempo recorde. A pandemia de covid-19 expôs, alimentou e aumentou as desigualdades econômicas, de raça e gênero por toda a parte.
Nosso injusto sistema econômico está permitindo que os super-ricos acumulem imensas fortunas enquanto dificulta a vida de bilhões de pessoas. Do jeito que tem funcionado, a economia global está dificultando a sua vida, se você for pobre, mulher ou de grupos étnicos e raciais, como negros, indígenas e quilombolas.
A luta por um mundo mais justo e menos desigual tem que ser prioridade dos esforços de recuperação econômica. Os governos têm que garantir que todas e todos tenham acesso à vacina contra a covid-19 e apoio financeiro para lidar com os efeitos da pandemia. É preciso investir em serviços públicos, criar milhões de novos empregos e assegurar que todas e todos tenha educação e saúde de qualidade. É preciso também que os mais ricos e as grandes corporações paguem uma parte justa em impostos. As economias têm que funcionar para todas e todos, não apenas para um pequeno grupo de privilegiados.