Osnilda Lima e Selvino Heck apresentaram a síntese da Tenda Bem Viver na Assembleia Pública das Convergências e Ato em Defesa da Democracia, dos Povos e do Planetas, no encerramento do Fórum Social da Resistências | Foto Franklin Martins

O direito a terra, a moradia, ao trabalho, a educação e prática religiosa sem fundamentalismo foi tema da Tenda Bem Viver, no Fórum das Resistências 2022

Por terra, moradia, trabalho, educação libertadora e prática religiosa sem fundamentalismo, esta foi a proposta de debate da Tenda Bem Viver, realizada no dia 27 de abril de 2022, em Porto Alegre (RS), na Paróquia do Redentor, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

A atividade fez parte da programação do Fórum das Resistências 2022 – um evento inserido dentro dos processos do Fórum Social Mundial (FSM) –, para criar espaço de articulação, divulgação e ampliação de todas as formas de resistências mobilizadas pelos movimentos culturais, ambientais, políticos e sociais no Brasil e na América Latina.

Tenda Bem Viver  foi organizada por diversas organizações tais como: 6ª Semana Social Brasileira, Pastorais Sociais da Igreja Católica e organismos, Pastoral Popular Luterana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Centro de Estudos Bíblicos (RS), Comunidades Eclesiais de Base (RS), Movimento Fé e Política, Cáritas Brasileira Regional Rio Grande do Sul, Grito dos/as Excluídos/as Continental, Conselho Indigenista Missionário, Comissão Pastoral da Terra, Comissão Brasileira Justiça e Paz, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (RS), Fórum Inter-religioso e Ecumênico (RS), Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara, Rede Jubileu Sul Brasil e Pastoral Operária.

Na abertura da Tenda, os povos indígenas Mbya Guarani e Kaingang Tekoá Pindó Mirim, Cantagalo, Tekoa Jataiti, Lami,  Tekoa Pindó Poty,  Vãn Ka, Terra Kandóia, localizadas no município de Viamão (RS), realizaram o rito de abertura.

Em seguida houve a mística em que foram lembrados o mártires, pessoas que lutaram pelo direito a terra, moradia e trabalho e, portanto tiveram suas vidas tiradas. Na sequência, iniciaram as mesas de debates.

MESA 1 | Conflitos no Campo

Resistência da terra, da agricultura camponesa, dos povos originários e comunidades tradicionais

A primeira trouxe o tema “Conflitos no Campo”. Participaram do debate: Deoclides de Paula – coordenador Kaingang do Conselho Estadual dos Povos Indígenas do estado do Rio Grande do Sul e Ronilson Costa – professor a agente da Comissão Pastoral da Terra, no estado do Maranhão. Mediou a mesa Norma Knob, religiosa da Congregação Notre Dame e agente da Comissão Pastoral da Terra (RS). Acompanhe o debate, abaixo.

MESA 2 | Bem Viver e justiça econômica

“Convivência harmoniosa entre cosmo, natureza e humanidade”, Iara Bonin

Colaboram no debate: Sandra Quintela – economista, articuladora da Rede Jubileu Sul Brasil e Eduardo Brasileiro – educador, sociólogo, integrante da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC) e da equipe da 6° Semana Social Brasileira. O Mediador da mesa foi Luiz Bassegio – secretário do Grito dos Excluídos Continental - Rio Grande do Sul

MESA 3 |Educação que liberta

“Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”, Paulo Freire

Colaboram neste debate: Delci Franzen – religiosa da congregação das Irmãs de Santa Catarina e secretária-executiva do Movimento de Educação de Base (Meb) e Roberto Zwetsch – pastor luterano Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, professor associado de Faculdades EST, participante do Fórum Internacional de Teologia e Libertação. Mediou a mesa: Monica Faccio – professora, filósofa e mestra em Desenvolvimento Regional com ênfase em Gênero.

MESA 4 | Religião: comunidades e fundamentalismos

“Descobrir e transmitir a ‘mística’ de viver juntos, misturar-nos, encontrar-nos, dar o braço, apoiar-nos, participar nesta maré um pouco caótica que pode transformar-se numa verdadeira experiência de fraternidade, numa caravana solidária”, papa Francisco

Colaboram no debate: Íyá Sandrali de Campos Bueno – autoridade civilizatória da tradição de matriz africana, secretária-executiva do Conselho do Povo de Terreiro do Estado do Rio Grande do Sul; Zanoni Demettino Castro – bispo da Igreja Católica, arcebispo de Feira de Santana (BA), e referencial da Pastoral Afro-brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e Márcia Falcão – educadora popular, sócia e trabalhadora do Centro de Assessoria Multiprofissional, militante do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores, pesquisa sobre o Direito à Cidade. Coordenou a mesa: Pilato Pereira – professor e mestre em Teologia Sistemática, com pesquisas nas áreas de Ecoteologia e Ecumenismo.

Leia a Carta Compromisso publicada no final da Tenda Bem Viver