SSB
19/02/2021
Imagem: fotospublicas.com

As pessoas são mais importante que o lucro!

Na última quarta-feira (17), o Secretário-Geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, informou que da totalidade das vacinas disponíveis, 75% são utilizadas por apenas 10 nações. 130 nações até agora não receberam uma única gota da vacina.

Enquanto cada um de nós faz o que pode para evitar que a doença se espalhe, e enquanto trabalhadores do setor de saúde atuam incessantemente para cuidar dos doentes, pesquisadores correram para encontrar a única coisa que poderá nos proteger a todos e todas no longo prazo, a vacina.


Todo mundo vai precisar da vacina para se manter saudável e se proteger da covid-19. O grande desafio agora é assegurar que todo mundo tenha acesso a ela o mais rápido possível. Mas tem gente ficando para trás!

O que está em jogo?

Apesar de todos os apelos e negociações para que a vacina contra a covid-19 esteja disponível para todas e todos no mundo, o que temos hoje é um retrato das desigualdades globais. Enquanto nove entre 10 pessoas de alguns dos países mais pobres do mundo ficarão sem a vacina em 2021, os países ricos garantiram três vezes mais doses do que o necessário para vacinar suas populações inteiras!


Com isso, os países mais ricos ficarão com a maior parte da proteção contra o coronavírus, enquanto os demais países do mundo – principalmente mulheres, meninas e os mais pobres – serão empurrados para o fim da fila.

Mas não precisa ser assim. As empresas farmacêuticas que desenvolveram as vacinas podem e devem compartilhar suas tecnologias e propriedades intelectuais com o consórcio Covax da OMS para garantir a produção de bilhões de doses para quem realmente necessita.
Por outro lado, os governos precisam assegurar que as vacinas contra a covid-19 sejam consideradas bens públicos globais, gratuitas e distribuídas de maneira justa pelo mundo.

Fonte: Oxfam Brasil